O transplante capilar tem se tornado cada vez mais popular entre jovens adultos, impulsionado por avanços tecnológicos que garantem resultados mais naturais e menos invasivos. Dados da International Society of Hair Restoration Surgery indicam um crescimento anual de 13% na procura pelo procedimento nos últimos cinco anos, principalmente por razões estéticas e de autoestima.
No entanto, Stanley Bittar, médico e CEO da Stanley’s Hair, que atua no setor de transplantes capilares, indica que o procedimento seja realizado após os 25 anos, quando a progressão da calvície tende a estar mais estabilizada, reduzindo a necessidade de retoques futuros. “Trata-se de um problema progressivo, e realizar o transplante sem um diagnóstico preciso pode comprometer os resultados a longo prazo. Por isso, a estabilidade da queda deve ser um critério essencial na tomada de decisão”, explica.
O grande problema do transplante precoce é que os fios implantados são permanentes, mas o cabelo nativo pode continuar caindo. “Se a progressão não for bem avaliada, o paciente pode precisar de mais procedimentos no futuro para preencher novas áreas afetadas pela calvície”, alerta Bittar.
Expectativas realistas e densidade capilar
Outro ponto importante para a decisão do transplante em pacientes jovens é o alinhamento das expectativas com a realidade. Muitas pessoas buscam o procedimento esperando uma densidade capilar semelhante à da adolescência, o que nem sempre é possível. “A distribuição dos fios no transplante é feita de forma estratégica para garantir um aspecto natural, mas o aspecto original nem sempre pode ser totalmente restaurado. O importante é entender que o objetivo é cobrir as áreas afetadas de maneira harmônica e evitar um visual artificial”, explica.
O especialista também destaca que, para quem tem predisposição genética à calvície avançada, pode ser necessário preservar áreas doadoras para eventuais transplantes futuros.
Alternativas antes do transplante
Para retardar a necessidade do transplante capilar, especialistas recomendam que pacientes jovens adotem tratamentos preventivos antes de recorrer à cirurgia. Opções como o uso de medicamentos tópicos e orais, terapias com laser e o uso de fatores de crescimento têm mostrado bons resultados na desaceleração da queda capilar.
“Antes de optar pelo transplante, é essencial estabilizar a calvície com tratamentos adequados. Existem alternativas não invasivas, como minoxidil, finasterida e terapias a laser, que ajudam a fortalecer os fios e retardar a queda. Essa abordagem pode evitar que o paciente precise de múltiplos transplantes ao longo da vida”, pontua Bittar.
Com o crescimento da procura por transplantes capilares, o cuidado com a escolha do momento certo para realizar o procedimento se torna ainda mais relevante. Para garantir um resultado satisfatório e duradouro, especialistas recomendam que os jovens interessados busquem clínicas qualificadas e realizem uma avaliação detalhada com profissionais experientes.
